A mobilização dos servidores dos servidores dos Correios no Ceará,
começou na madrugada desta segunda-feira, 12. As agências estão funcionando normalmente, e a mobilização concentra-se
nos carteiros, segundo a assessoria dos Correios. As reivindicações são
contra a mudança do plano de saúde, que preveem que o colaborador pague uma
taxa de 25%, além da retirada dos dependentes. Desde às 22 horas deste domingo,
11, os Correios estão em greve nacional.
O membro da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Correios,
Telégrafos e Similares no Ceará (Sintect-CE) Avelino Rocha, diz que as outras
reivindicações são contra a
terceirização do trabalho, que objetiva "camuflar" a falta de
funcionários, colocando um entregador apenas duas vezes por semana
e melhores condições de trabalho. Além de lutarem contra a privatização
estatal, redução do quadro de funcionários por meio do plano de demissão,
dentre outras.
Avelino Rocha explicou que ainda não é possível calcular o número de
adesão da greve, mas que haverá reunião com o Tribunal Superior do Trabalho
(TST), hoje, 12, às 13h30, para discutir sobre reivindicações. "Caso eles entendam e aceitem nossas
solicitações a greve acaba hoje, caso contrário, é greve por tempo
indeterminado".
Em relação ao número de adesão da greve, situação de entrega e postagens
de encomendas e tempo de duração da mobilização, os Correios informaram que
ainda estão coletando os dados, e que enviarão atualizações à medida em que
tiverem as informações.
Em nota, os Correios informaram que: "A greve é um direito do
trabalhador. No entanto, um movimento dessa natureza, neste momento, serve
apenas para agravar ainda mais a situação delicada pela qual passam os Correios
e afeta não apenas a empresa, mas também os próprios empregados. A estatal
esclarece à sociedade que o plano de saúde, principal pauta da paralisação
iniciada nesta segunda-feira (12), foi discutido exaustivamente com as
representações dos trabalhadores, tanto no âmbito administrativo quanto em
mediação pelo Tribunal Superior do Trabalho e que, após diversas tentativas sem
sucesso, a forma de custeio do plano de saúde dos Correios segue, agora, para julgamento
pelo TST. A empresa aguarda uma decisão conclusiva por parte daquele tribunal
para tomar as medidas necessárias, mas ressalta que já não consegue sustentar
as condições do plano, concedidas no auge do monopólio, quando os Correios
tinham capacidade financeira para arcar com esses custos".
Fonte - O Povo Online
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